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terça-feira, 9 de agosto de 2011

A Marcha das Vadias imbecis

Liberdade de expressão é algo sagrado na democracia. No entanto, isso não impede que os objetos das manifestações sejam coisas idiotas. A internet claramente potencializa esse tipo específico de mobilização, uma vez que põe em contato pessoas com ideias parecidas, mesmo que essas ideias sejam imbecis.

Exemplo é a Marcha das Vadias.

Seria mais útil ver cidadãos exigindo que o governo investisse em educação. Que tal pedir que o currículo escolar incluísse Direitos Humanos? Seria a melhor maneira de criar uma geração de brasileiros incapazes de agredir uma mulher ou julgá-la mal só por causa das roupas que ela veste.

Porém, veja que o próprio movimento se trai: "não queremos ser chamadas de vagabundas, mas o nome da nossa manifestação é Marcha das Vadias". Estranho? Não, é o resultado incoerente (e óbvio) de um movimento social iniciado às pressas pela internet e motivado por revanchismo contra um despreparado que fez um comentário infeliz no Canadá. Não tem base. Por isso a Marcha das Vadias se torna somente um flash mob ordinário, exceto por duas gotas de ideologia barata.

Os manifestantes lutam para mascarar o sintoma, porém não se preocupam em curar a doença. É como tomar um analgésico e achar que, por não sentir mais dor, se curou do câncer.

Marcha da Educação é melhor. E ainda resolveria não só esse problema da violência contra a mulher, mas boa parte de todos os nossos problemas socias.

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